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"...Em 1954, o livro Witchcraft Today, de Gerald Brousseau Gardner
(1884-1964) foi publicado. Tratava-se do primeiro livro de bruxaria
escrito de fato por um praticante.
Até então - desde a invenção da
imprensa, em meados de século XV -, tudo que já fora escrito sobre o
assunto partira de caçadores de bruxas ou daqueles cuja única fonte de
referência eram registros preconcentuosos desse tipo. A Publicação do
livro de gardner veio para mudar tudo isso e só foi possível graças a
revogação da última das leis Inglesas contra a Bruxaria, em 1951.
A partir de então, todos os bruxos que ainda existiam puderam finalmente revelar as suas praticas, sem medo de serem perseguidos. Aqueles poucos que sobreviveram tinham, no entanto, aprendido com a lição; todos preferiam continuar incógnitos, longe dos olhares curiosos. Todos, com exceção de um, Gerald Gardner.
A partir de então, todos os bruxos que ainda existiam puderam finalmente revelar as suas praticas, sem medo de serem perseguidos. Aqueles poucos que sobreviveram tinham, no entanto, aprendido com a lição; todos preferiam continuar incógnitos, longe dos olhares curiosos. Todos, com exceção de um, Gerald Gardner.
Gardner sempre fora facinado pela
magia religiosa e passara a algum tempo estudando o assunto. Ele vivera a
maior parte da vida no oriente e tinha conhecido os dayaks, os
caçadores de cabeça de Bornéu, e os costumes e crenças de muitas tribos
nativas da região. Quando se aposentou e voltou para Inglaterra, na
década de 30, para sua grande surpresa e satisfação, Gardner encontrou
um covem remanecente de bruxos, na região de New Forest.
Esse covem só se revelou a Gardner em virtude de seus antecedentes e do conhecimento que ele acumulara em magia religiosa, além do fatos de ter tido uma ancestral que morrera na fogueira em 1640, na Escócia, sob acusação de Bruxaria.
Ele foi convidado a se juntar ao grupo e, posteriormente, iniciado. Gardner ficou encantado com a possibilidade de pertencer ao grupo, uma vez que, ao seus olhos, a Bruxaria não era, nem remotamente, a pratica maléfica e demôniaca que sempre se julgara, mas sim o que restara de uma antiga religião pré-cristã.
A sua vontade era sair pelo mundo anunciando o quanto essa visão era equivocada. Evidentemente ele não teve permissão para fazer isso. Explicaram-lhe que o grupo só conseguirá sobreviver por ter se mantido em segredo. No entanto, alguns anos depois, com a morte da lider do grupo e a revogação da última lei contra a Bruxaria, Gardner públicou um livro (Witchcraft Today, Rider, Londres, 1954) - A primeira obra realmente escrita por um praticante de Bruxaria e que mostrava um outro lado da história assim como ela era vista pelos Bruxos. esse seria o início de todo o ressurgimento da Bruxaria como religião e do seu posterior estabelecimento como uma prática diária aceita no mundo todo. Atualmente, ela é a religião que mais cresce nos Estados Unidos.
Esse covem só se revelou a Gardner em virtude de seus antecedentes e do conhecimento que ele acumulara em magia religiosa, além do fatos de ter tido uma ancestral que morrera na fogueira em 1640, na Escócia, sob acusação de Bruxaria.
Ele foi convidado a se juntar ao grupo e, posteriormente, iniciado. Gardner ficou encantado com a possibilidade de pertencer ao grupo, uma vez que, ao seus olhos, a Bruxaria não era, nem remotamente, a pratica maléfica e demôniaca que sempre se julgara, mas sim o que restara de uma antiga religião pré-cristã.
A sua vontade era sair pelo mundo anunciando o quanto essa visão era equivocada. Evidentemente ele não teve permissão para fazer isso. Explicaram-lhe que o grupo só conseguirá sobreviver por ter se mantido em segredo. No entanto, alguns anos depois, com a morte da lider do grupo e a revogação da última lei contra a Bruxaria, Gardner públicou um livro (Witchcraft Today, Rider, Londres, 1954) - A primeira obra realmente escrita por um praticante de Bruxaria e que mostrava um outro lado da história assim como ela era vista pelos Bruxos. esse seria o início de todo o ressurgimento da Bruxaria como religião e do seu posterior estabelecimento como uma prática diária aceita no mundo todo. Atualmente, ela é a religião que mais cresce nos Estados Unidos.
Se
Gerald Gardner não tivesse plantado as sementes que reavivaram a
centelha de interesse pela Bruxaria, é quase certo que a antiga religião
acabaria se extinguindo. Nos Estados Unidos, fui eu mesmo, um discipulo
de Gardner, que introduziu a Wicca e fundou o primeiro covem
norte-americano moderno. Quando o livro de Gardner deixou de ser
públicado, eu escrevi Witchcraft From the Inside (Llewellyn: St. Paul
1970), para preencher a lacuna que ficara e dar prosseguimento a linha
de informação apartir da fonte.
Como previsto, a reação do público
diante das revelações de Gardner foi a mais variada. Muitas pessoas
viram, no que Gardner tinha a dizer, um tentador vislumbre de um modo de
vida com que elas nem ousavam sonhar. Aparentemente, havia muitas
pessoas insatisfeitas com a religião organizada cristã e estavam em
busca - consientemente ou não - de uma religião honesta, focada na
terra, assim como a Bruxaria que Gardner anúnciava. Além disso, quando
Gardner apresentou o seu trabalho e expressou a sua crença de que o
coven ao qual pertencia era provavelmente o único que ainda restava,
para a sua satisfação e surpresa, ele soube que havia outros grupos
espalhados por toda Europa, também crentes de que eram o último coven
remanecente. Aparentemente, a Bruxaria não havia sido de fato eliminada;
ela conseguira sobreviver, mesmo que em situação precária.
As
pessoas começaram a escrever para Gardner, expressando o desejo de fazer
parte da antiga religião. A Bruxaria, ou Wica, como Gardner preferia
chamá-la (a grafia mais comun atualmente é Wicca), era uma religião de
iniciados e, segundo a experiência de Gardner, organizava-se em covens.
Havia uma hierarquia, com os líderes representado o Deus e a Deusa da
antiga religião, e, na visão de Gardner, um sistema gradual de
desenvolvimento. Tudo isso significava que era preciso tempo para
absorver os recém-chegados.
Muito vagarosamente (para desespero daqueles que aguardavam uma oportunidade para praticar a arte), os covens existentes começaram a se expandir e outros começaram a ser fundados. Gardner recebeu muitas solicitações dos Estados Unidos, mais não conhecia nenhum coven nesse país, para onde pudesse enviar os interessados.
Ele então me convenceu a servir como seu porta-voz nos Estados Unidos, dando início a uma linhagem norte-americana da Wicca. Em 1963, eu fui para a Escócia e passei algum tempo na companhia da Alta Sacerdotisa de Gardner. Depois de algum tempo, fui iníciado e, junto com a minha mulher, considerei o nível de conhecimento necessario para comprir a minha tarefa nos Estados Unidos..."
Muito vagarosamente (para desespero daqueles que aguardavam uma oportunidade para praticar a arte), os covens existentes começaram a se expandir e outros começaram a ser fundados. Gardner recebeu muitas solicitações dos Estados Unidos, mais não conhecia nenhum coven nesse país, para onde pudesse enviar os interessados.
Ele então me convenceu a servir como seu porta-voz nos Estados Unidos, dando início a uma linhagem norte-americana da Wicca. Em 1963, eu fui para a Escócia e passei algum tempo na companhia da Alta Sacerdotisa de Gardner. Depois de algum tempo, fui iníciado e, junto com a minha mulher, considerei o nível de conhecimento necessario para comprir a minha tarefa nos Estados Unidos..."
Raymond Buckland herdeiro do livro das sombras de Gerald B. Gardner Foto do Google |
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