O Sabbath Yule

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O termo “Yule” provavelmente derivou da antiga expressão indo-européia “Yehwla”, que significa “Solstício de Inverno”, data em que os antigos pagãos celebravam o ano novo. A Deusa dá à luz a um filho, o Deus, no Yule . O Yule é uma época de grande escuridão e este é o menor dia do ano, marcando na natureza a chegada do inverno. As Bruxas e Bruxos celebram ocasionalmente o Yule pouco antes da aurora, e a seguir observam o nascer do sol, como se fosse o anúncio de um recomeço e a recompensa de seus esforços. Uma vez que o Deus é também o Sol, isto assinala o ponto do ano em que o Sol renasce, acendemos então velas e fogueiras para saudar o retorno da LUZ DO SOL. A Deusa, a Terra, inativa durante o inverno repousa após o parto, assim como a Terra para de florescer no inverno dando forças para as sementes colhidas no verão e replantadas no outono germinem e brotem novamente, completando assim seu ciclo! Para os Bruxas e Bruxas esse é um lembrete que o produto final da morte é um RENASCIMENTO RECONFORTANTE para alegrar esses dias de frio e sossego. Yule é o momento na Roda do Ano no qual o Rei do Azevinho (Senhor das Sombras) é vencido pelo Rei do Carvalho (o Rei do Sol, a Criança da Promessa) que chega.

Em meio à temível escuridão do Inverno, a Deusa voltou Seus olhos para a Terra. Avistando a calma, inerte e peculiar beleza que repousava nas árvores sem folhas, na neve que cobria o solo e em Suas criaturas, agora reunidas em suas cavernas e casas para fugir do frio, resolveu descer ao Mundo para dar fim ao implacável período mortal que se estendia sobre todas as formas viventes. Embora soubesse que o florescer e frutificar da Terra, bem como a gestação da nova Criança, haviam lhe deixado cansada e que o tempo de escuridão fosse, então, mais do que necessário, a Senhora sabia que, acima de tudo, os Ciclos da Vida eram tão belos e poderosos quanto os Ciclos da Morte, e começavam a agitar-se nas profundezas do solo, lutando contra o inverno gelado para renascer. Ela sabia que era momento de retirar, finalmente, Seu manto branco que se estendia pelas florestas e vales, abrindo espaço para que estes pudessem tornar-se novamente verdes, pulsantes com energia vivente. A noite era a mais longa e mais escura que já havia se visto. Movimentando-se com dificuldade devido aos avançados estágios de Sua gravidez, a Mãe de todas as coisas adentrou a floresta agora negra, buscando Aquele que comandava esta época do ano. Calmo, silencioso e taciturno, o Rei Azevinho esperava-A em meio às arvores nuas.

Sua coroa de viçosas folhas verdes e os rubros frutos que a cobriam pareciam um tesouro em meio aos galhos secos espalhados por toda a parte, como se uma estranha magia os tivesse conferido o poder de sobreviver a estes difíceis tempos. Seus olhos eram firmes, Seus lábios cerrados pareciam esboçar um sorriso incompreensível, resistente, único. A Portadora da Vida sabia que seria difícil convencê-Lo a retirar-se. No entanto, ao sentir a Criança da Vida mover-se em Seu ventre, Ela tinha certeza: era chegado o momento. A Deusa sorriu. Seus lábios pareciam compreender o Rei do Gelo, mas demonstravam uma sabedoria ainda maior do que a dele. Ela disse: “Belas são as Suas palavras, Meu filho e amigo. No entanto, não se esqueça: a Terra deixa-se beijar, mas pode envolvê-Lo no mais mortal e eterno dos abraços. E o que será de Suas verdes folhas quando a escuridão eterna roubar delas o brilho que as sustenta? Sem a ajuda da Criança que se prepara para tomar o Seu lugar, você não terá mais coroa, nem trono.” “Criança! Minha Amada, Minha Mãe, Minha Senhora! Olhe para Mim; veja a sabedoria do tempo estampada em Minha Face, em Meus olhos, em Minha barba! Por que Eu, que sou o Senhor do Conhecimento, devo ser substituído por uma Criança?” – disse o Rei azevinho, gargalhando. “Que poder pode tão pequena e inocente criatura ter, que seja maior do que o Meu?” Ela quase deixou levar-se pelas palavras do Senhor da Morte, mas sabia: Ele podia ser ousado o bastante para manipular palavras e tentar convencer a Ela, que O havia gerado; mas não havia palavras que pudessem convencer a Senhora de Todos os Ciclos a agir contra Sua própria natureza.

 Ela respondeu-Lhe da maneira mais coerente, e, portanto, mais verdadeira: “O Filho que espero pode ser agora pequeno, mas tem tanto poder quanto Você próprio, uma vez que ambos foram gerados em Meu condescendente ventre, e conhecem igualmente Meus Mistérios. Nós sabemos: Ele crescerá. Ele o faz até mesmo enquanto dialogamos, e torna-se cada vez mais próxima a hora de Seu nascimento. E à medida em que crescer, terá cada vez maior poder para degelar esta neve sob nossos pés. E então, eu vestirei Meu manto de beleza para saudá-Lo, para amá-Lo, de modo a restituir a vida e abundância a todas as Minhas Criaturas.” “Eu não o vejo crescer”, disse o Rei do Inverno, estendendo Suas mãos para recolher alguns flocos de neve que caíam dos céus. “Vejo apenas neve, gelo, e frio. Vejo o Inverno.” “Você mesmo disse que vejo além da tristeza. Pois bem, é verdade. Meus olhos vêem além da neve, e meus ouvidos escutam as árvores sussurrarem enquanto seus galhos se tocam. Preste atenção, Filho, repare no som dos carvalhos brotando sob a neve, tão lentamente, tão suavemente!” A Deusa apontou para baixo, e de Suas mãos pareceram surgir pequenas fagulhas, que desceram até o solo, abrindo espaço na neve e mostrando ao Deus os pequenos brotos quase invisíveis que cresciam sob o gelo.

“Tudo vai, e tudo vem. Tudo morre, tudo renasce. Enquanto você reina, a vida lentamente caminha em sua direção, clamando por espaço. Até mesmo Eu, que sou a Senhora de Todas as Coisas, deixo a vida preencher-Me!” E colocando as mãos em Seu ventre pleno, a Deusa convenceu, enfim, o Rei do Inverno de que Morte e Vida pareciam ser opostas, mas eram irmãs, filhas Dela mesma, Senhora daquilo que é, foi e ainda será. “Receba comigo a Criança da Promessa, e recolha-se, Sábio Azevinho, pois chegará também o Seu momento de retornar.”

A Deusa deu alguns passos em direção ao Leste, e assim permaneceu por alguns instantes, de modo que o Rei Azevinho via apenas Suas costas. Subitamente, um clarão surgiu em frente à Deusa, que cantava. A Luz era tão forte que Ele teve que cerrar os olhos. A Senhora então voltou-se para Ele. Nos braços da Grande Mãe, havia um pequeno bebê, de onde vinha o brilho e a luz da Vida. Ele era tão belo, que fez o Rei Azevinho sorrir. “A Criança da Promessa retornou”, disse a Mãe dos Deuses. “Vamos saudá-la, pois agora temos a certeza de que a vida se derramará novamente sobre a Terra. O Rei Carvalho deve agora governar. E você, Rei Azevinho, deve ir agora. Nós o agradecemos por ter protegido o mundo durante este período de escuridão, e desejamos harmonia em sua jornada rumo às terras além do Oeste. Nós cuidaremos de Seu Reino, e aguardaremos também o Seu retorno, quando for o momento do Rei Carvalho despedir-se para que a vida continue, assim como Você agora o faz. Tudo o que vai deve um dia retornar. Lembremo-nos sempre desta máxima sagrada.” Com as palavras e as bênçãos da Senhora, o Rei Azevinho entregou sua coroa à floresta e partiu em direção aos caminhos do Oeste, de onde, como proferiu a Deusa, Ele um dia retornará. Mas isso é parte de outra história… por enquanto, saudemos o Rei Carvalho e abracemos, com vontade, a nova vida. O mito do Rei Carvalho e do Rei azevinho é um dos mais tradicionais nas épocas de Litha e Yule. Enquanto em Litha, o Rei Carvalho é desafiado pelo Rei Azevinho, que chega para governar a metade fria e escura do ano, o contrário ocorre em Yule. A noite mais longa do ano nos lembra que a Luz retorna ao mundo.

Os dias serão cada vez mais longos, e em breve o Sol voltará a nos aquecer e trazer a vida de volta à Terra. Assim como o Rei Azevinho finalmente se convence de que a Criança da Promessa deve governar. Vamos celebrar a vida, a esperança e a promessa de dias mais quentes, melhores, com mais amor e beleza. A Deusa dá a luz ao Deus, que é homenageado como A Criança da Promessa. É impossível discutir as Tradições de Yule sem mencionar o Natal. Muitos dos costumes de Yule foram absorvidos pela Igreja Cristã, quando o Catolicismo tentava se estabelecer na Europa. O Natal Cristão já foi festejado em várias datas diferentes no decorrer do século, mas se estabeleceu no dia 25 de dezembro, pois associou muitos dos costumes da antiga e milenar celebração do Solstício de Inverno, que ocorre por volta de 21 de dezembro no hemisfério Norte. As Tradições Cristãs dizem que Maria deu à luz Jesus no vigésimo quinto dia, mas não confirma de qual mês. Finalmente em 320 d.C., a Igreja Católica decidiu marcar o nascimento de Cristo em dezembro para absorver o culto sagrado do Solstício de Inverno dos celtas e saxões. O Nascimento de um Deus no Solstício de Inverno não é exclusivo do Catolicismo, pois muitos “bebês divinos” nasceram nesta época. Mistras é um exemplo claro disso. Há muitas práticas que são utilizadas por Cristãos hoje que possuem origens essencialmente Pagãs. A Árvore de Natal, decorada com bolas e uma estrela no topo, não é nada mais nada menos que a antiga árvore que os Pagãos decoravam nos tempos ancestrais com velas, comidas e bolas coloridas (símbolos fálicos relacionados ao Deus) encimada por um Pentagrama, o símbolo da Bruxaria.

As guirlandas, o azevinho, a Tora de Yule (Yule Log) queimando no fogo são todos costumes Pagãos. Yule, o Solstício de Inverno, acontece por volta de 21 de dezembro no hemisfério Norte e por volta de 21 de junho no hemisfério Sul. O Sol agora encontra-se em Nadir, por isso é a noite mais longa do ano.Muitos Pagãos celebram Yule com o festival da Luz, que comemora a Deusa como Mãe que dá nascimento ao Deus Sol, a Criança da Promessa. Outros celebram a vitória do Deus da Luz (Rei do Carvalho) sobre o Rei das Sombras (Rei do Azevinho), pois a partir desse momento os dias se tornarão visivelmente mais longos com o passar do tempo, mesmo com frio.Esse Sabbat representa o retorno da luz. Aqui, na noite mais escura e fria do ano, a Deusa dá nascimento à Criança do Sol e as esperanças renascem, e Ele trará calor e fertilidade à Terra. Yule é o tempo de celebrar o Deus Cornífero. Nesse dia, muitas tradições Pagãs se despedem da Deusa e dão boas-vindas ao Deus, que governará a metade clara do ano.Em tempos antigos pequenas bonecas de milho eram carregadas de casa em casa com canções típicas de Yule. Os primeiros Pagãos acreditavam que esse ato traria as bênçãos da Deusa às casas que fossem visitadas pelas Corn Dollies.Era um tempo ideal para colher o visco, considerado muito mágico para os Antigos Druidas, que o chamavam de o “Ramos Dourado”. Os druidas acreditavam que o visco possuía grandes poderes de cura e possibilitava ao homem mortal acessar o Outro Mundo. O visco é um dos símbolos fálicos do Deus e possui esse significado baseado na idéia de que as bagas brancas representam o Divino sêmen do Deus, em contraste às bagas vermelhas do azevinho, semelhantes ao sangue menstrual da Deusa. O visco representa a simbólica substância divina e o senso de imortalidade que todos precisam possuir nos tempos de Yule.

A Tradição da Árvore de Natal tem origem nas celebrações Pagãs de Yule, nas quais as famílias traziam uma árvore verde para dentro de casa para que os espíritos da Natureza tivessem um lugar confortável para permanecer durante o Inverno frio. Sinos eram colocados nos galhos da árvore. Os espíritos da Natureza eram presenteados e as pessoas pediam aos elementais que as mantivessem tão vivas e fortes durante o Inverno como a árvore que recebia lindos enfeites.O pinheiro sempre esteve associado com a Grande Deusa. As luzes e os ornamentos, como Sol, Lua e estrelas que faziam parte da decoração das árvores, representavam os espíritos que eram lembrados no final de cada ano. Presentes eram colocados aos pés da árvore para as Divindades e isso resultou na moderna troca de presentes da atual festa natalina.As cores tradicionais do Natal, verde e vermelho, também são de origem Pagã, já que esse é um Sabbat que celebra o fogo (vermelho) e usa uma Tora de Yule (verde). Um pedaço de tronco que havia sido preservado durante todo o decorrer do ano era queimado, enquanto um outro novo era enfeitado e guardado para proteger toda casa durante o ano que viria. Os troncos geralmente eram decorados com símbolos que representassem o que as pessoas queiram atrair para sua vida. A tradição da Tora de Yule perseverou até os dias atuais entre os bruxos e bruxas, que fazem três buracos ao longe de um pequeno tronco e colocam três velas em cada buraco, uma branca, uma vermelha e uma preta para simbolizar a Deusa Tríplice. A Tora de Yule também é decorada com azevinho sempre verde para simbolizar a união da Deusa e do Deus. Em Yule a casa era decorada com azevinho, representando a metade escura do ano, para celebrar o fim da escuridão da Terra.Para os antigos celtas, celebrar o Solstício de Inverno era o mesmo que reafirmar a continuação da vida, pois Yule é o tempo de celebrar o espírito da Terra, pedindo coragem para enfrentar os obstáculos e dificuldades que atravessaremos até a chegada da Primavera. É o momento de contar histórias, canta e dançar com a família, celebrando a vida e a união.

O tema principal desse Sabbat é a Luz em todas as suas manifestações, seja o fogo da lareira, seja de uma fogueira, de velas, etc. A Luz nesse Sabbat torna-se um elemento mágico capaz de ajudar o Sol a retornar para a Terra, para nossa vida, corações e mentes.Correspondência de YuleCores: vermelho, verde, dourado e branco. Nomes Alternativos: Solstício de Inverno, Winter Rite, MidWinter, Alban Arthan, Carr Gomm, Retorno do Sol, Dia de Fionn.Deuses: o Deus, como a Criança da Promessa, e a Deusa, como a Mãe. O Sabbat Yule é o Sabbat em que a Deusa se tornará Mãe. Embora envelhecida no Samhain, ela agora é a Mãe dando a luz. O Deus morto no último Sabbat renasce como seu próprio filho, que é intensamente esperado, afinal Ele é a Criança da Promessa, que vem trazer, em meio à escuridão da noite mais longa do ano no hemisfério norte, a esperança da volta do Sol. Yule é um tempo de esperança, um tempo de celebrar a alegria no nascimento da Luz. Yule é tempo de bençãos e de partilhar com seus familiares e amigos a alegria, o carinho com que a Deusa generosamente nos convida para a vida. Esse costume obedece à filosofia xamânica de renovação contínua de energia , para que nada fique estagnado." Ao longo de toda sua existência, a Igreja Católica veio assimilando cultos e práticas pagãos, alguns dos quais adquiriram papel fundamental no exercício da religião cristã.

Pela observação sistemática de alguns destes cultos e práticas, comparando o significado que têm para os bruxos com o significado que têm para os cristãos. O ano bruxo se inicia no frio e escuro meio do outono (1º de maio no hemisfério sul e 31 de outubro no hemisfério norte). Nesta data se celebra o Tempo dos Idos, conhecido pela tradição celta como Samhain. Na verdade, no dia deste sabbat se considera que o ano acaba, mas por três dias o outro ainda não começa. E como se passa a estar fora do ano que se foi e o outro ainda não começou, trata-se de um período fora do tempo, onde vivos e mortos, bem como seres desprovidos de corpo físico, podem se encontrar. Enquanto as bruxas e os bruxos celebram Samhain, nesta época (noite do dia 31 de outubro a 2 de novembro), os cristãos estão celebrando o Dia de Todos os Santos (alterado de 13 de maio para 1º de novembro pelo Papa Gregório II, no século VIII) e o dia de finados (2 de novembro, conforme estabelecido pela Igreja em fins do século X). Tanto bruxos quanto cristãos dedicam este período a entrar em contato com entidades não encarnadas e lhes render homenagens. O sabbat seguinte é a festa do inverno, Yule, pela tradição celta. Este é comemorado no solstício de inverno, menor dia do ano, mas, justamente por isso, é o momento de renascimento do Sol, ou seja, a partir da celebração de Yule os dias começarão a crescer. No natal os cristãos celebram o nascimento de Jesus. Ainda criança, ele é a promessa de dias de glória. Enquanto isso, os bruxos, na festa do inverno, celebram o nascimento do Sol, como promessa de que o inverno que se inicia, tempo de dificuldades, será substituído pela primavera à medida que o Sol se tornar mais forte. Desta forma, tanto em um quanto em outro credo, se celebra o nascimento do Deus e a gradual substituição das trevas pela luz.

ANDRÉ WICCANO

Aura e Clarividência

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1. Aura (do latim: "aura": "sopro de ar"): É o campo energético que apresenta-se em torno do corpo denso. Aparece à percepção parapsíquica do clarividente como um campo luminoso mesclado por várias cores. Essas cores refletem a qualidade dos pensamentos e sentimentos manifestados pela consciência.

2. A aura apresenta várias camadas vibratórias correspondentes aos diversos corpos (veículos de manifestação da consciência) por onde a consciência manifesta-se nos vários planos.

3. Para facilitar, vamos dividi-la em três frequências básicas:

A. A aura do corpo físico, também denominada duplo etérico (Teosofia), corpo vital (Rosacruz), pranamayakosha (Vedanta), holochacra (Conscienciologia), corpo bioplásmico ou bioplasmático (pesquisadores russos) ou simplesmente corpo energético (pesquisadores ocidentais). Essa aura reflete apenas as condições do corpo físico no momento e suas predisposições energéticas. Contudo, é bom lembrar que o soma (Grécia: "soma": "corpo") é afetado diretamente pelo clima psíquico dos corpos sutis.

B. A aura do corpo extrafísico, também chamada de alma. É a aura do corpo espiritual (Cristianismo; Paulo de Tarso, Cor. I , Cap. 15, vers: 44), também denominado corpo astral (Teosofia), perispírito (Espiritismo), psicossoma (Projeciologia), corpo de luz (Ocultismo), corpo psíquico (Rosacruz), corpo bardo (Tibetanos), thanki (Chineses), kha (Iniciados Egípcios) ou corpo não-físico (pesquisadores ocidentais). Essa aura reflete as condições psíquicas e parapsíquicas da consciência. Reflete diretamente as emoções do ser humano.

C. A aura do corpo mental, também chamada de aura mental ou aura dos pensamentos. É a aura que reflete diretamente o clima interno de nossos pensamentos e idéias. O corpo mental (Teosofia) também é denominado mentalssoma (Conscienciologia), manomayakosha (Vedanta), corpo dos pensamentos ou simplemente mente. Essa aura reflete o clima mental de uma consciência. Nessa aura é possível perceber as formas-pensamento e suas cores.

4. Obviamente que a foto Kirlian apenas mostra a repercussão energética no soma e no duplo etérico, frequências mais densas e passíveis de mensuração. Acho que a disparidade entre as percepções de sensitivos e das fotos em questão deve-se a que a foto Kirlian reflete principalmente o duplo energético, enquanto que os sensitivos muitas vezes estão percebendo a aura dos corpos mais sutis. Até mesmo entre sensitivos existe diferenças nos níveis de percepção parapsíquica.

5. Na natureza tudo é energia. A matéria é energia condensada; a energia é matéria em estado radiante. Logo, tudo é energia em graus variados de densidade. Desde o sutil até o mais denso, tudo é energético e natural.

6. O estudo das capacidades parapsíquicas do ser humano não tem nada de sobrenatural, pois são capacidades latentes e inerentes a todos os seres, independentemente de raça, sexo, cultura ou religião. Sobrenatural é a ignorância humana sobre a naturalidade da vida!

7. Muitas vezes, um sensitivo sem muitas informações técnicas para embasar suas percepções, percebe coisas pelas vias telepáticas, intuitivas, clariaudientes ou mediúnicas e chama-as de clarividência.

8. O fato de alguém apresentar percepções parapsíquicas desenvolvidas não garante que ela seja inteligente ou desenvolvida espiritualmente. Desenvolvimento parapsíquico não é desenvolvimento espiritual. Isso explica porque alguns sensitivos são canalhas e até piores do que muitas pessoas sem percepção nenhuma.

9. O desenvolvimento espiritual demanda esforço no trabalho de aprimoramento consciencial, demanda crescimento interno e ampliação do amor, lucidez, maturidade, alegria, modéstia, respeito, autoconhecimento, paz íntima, generosidade, equanimidade e luz no coração. Tudo isso leva a autêntica sabedoria, que não é encontrada em curso algum, nenhum guru pode realizá-la por alguém, não é alcançada no estudo de livro algum, não pertence a instituição humana alguma e nem é encontrada em meio a fenômenos parapsíquicos sem o equilíbrio necessário a maturidade real.

10. Da mesma forma, o fato de alguém ser um pesquisador desses temas não garante que ele seja uma maravilha de serenidade, amor e consciência manifestados. Há muitos pesquisadores baseados apenas no intelecto inferior. São refratários a inteligência superior, cósmica, abrangente, não limitada por parâmetros convencionais de percepção. Ou seja, são pesquisadores limitados. Não suportam manifestações de amor e alegria, que para eles não passa de imaturidade emocional das pessoas. Na verdade, muitos desses pesquisadores são covardes e têm medo de exporem suas fragilidades internas mediante a abertura de seus corações às ondas do amor. Conheço pesquisadores teóricos de várias áreas que odeiam sensitivos desenvolvidos. Será por que os sensitivos têm na prática o que o teórico só sonha na teoria?

11. De um lado temos os pesquisadores teóricos, que acham que sabem explicar tudo, mas que não sentem nada praticamente em si mesmos. Do outro lado, os sensitivos que não estudam para entenderem melhor os mecanismos de suas percepções e vivências parapsíquicas. O pesquisador necessita de grandes doses de modéstia, de abertura mental, de ética e de generosidade em suas abordagens. O sensitivo precisa de muito estudo, conhecimentos generalizados, boa vontade em crescer e também de muita modéstia. E os dois precisam muito (incluo-me nisso também) de um monte de luz no coração, amor nos objetivos, alegria na manifestação diária e muito discernimento em seus pensamentos, sentimentos e atos.

12. Clarividência (do latim: "clarus": "claro"; "Videre": "Ver"): É a capacidade supranormal, parapsíquica, de perceber imagens independentemente do concurso dos sentidos da visão normal (vidência). Essa capacidade é anímica e natural (lembrando que vários animais percebem auras e espíritos), não é mediúnica, pois reside na própria capacidade dos chacras frontal e coronário, que por sua vez, estão conectados as duas principais glândulas do sistema endócrino: pineal (epífise) e hipófise (pituitária). Seres extrafísicos podem ajudar uma pessoa a desenvolver a clarividência, incrementando energias no chacra frontal, contudo, independentemente deles, o potencial clarividente é da própria alma (faculdade anímica).

13. Para entendermos a clarividência, vamos ver como funciona a vidência (visão normal, percepção visual natural). Para vermos alguma coisa, dependemos da reflexão da luz em cima de algo. Sem luz não conseguimos enxergar. É mais fácil explicar por exemplos: - Se dispararmos um tiro de um revólver calibre 22 em cima de três alvos diferentes, veremos repercussões diferentes na trajetória do projétil:

a) Bala calibre 22 X Uma parede de granito: a bala ricocheteiará. Será refletida.

b) Bala calibre 22 X Um pudim de leite condensado: a bala atravessará o pobre do pudim (aliás, isso seria um crime hediondo, inafiançável, destruir pudim dá carma...)

c) Bala calibre 22 X Uma lista telefônica da cidade de São Paulo: a bala ficará presa dentro da lista, pois a mesma, sendo bem grossa, absorverá o impacto.

Usando esses exemplos como analogia, podemos dizer que a incidência dos fótons (partículas luminosas) nos objetos se comporta de maneira semelhante. Por exemplo:
a) A luz incidindo sobre um objeto denso, como a parede, o corpo humano ou uma tela branca, será refletida. Havendo reflexão da luz, o objeto em questão será percebido pela visão normal.
b) A luz incidindo sobre algo transparente, como uma placa de vidro, a água ou partículas de água em suspensão na atmosfera (daí o surgimento das cores do arco-íris) será refratada, atravessará aquilo. Esse é o motivo pelo qual muitas pessoas que moram em prédios com portas de vidro estão sempre batendo de frente nelas. Quando a luz atravessa um objeto fica difícil percebê-lo pela visão normal.
c) A luz incidindo sobre um vidro fumê será absorvida (por isso esse vidro é escuro).

Resumindo: a visão normal (vidência) depende da reflexão da luz em cima de algo. Vidente é quem vê! Se você está lendo essas linhas, então você é vidente (aquele que vê). Por uma questão de confusão semântica, muitas pessoas chamam o clarividente de vidente.

14. Por motivos óbvios, o cego não é vidente. Entretanto, pode ser clarividente. Conheço um cego que percebe auras e espíritos facilmente. Ele só não consegue ver as pessoas e os objetos físicos. Inclusive, recentemente no meu programa da Rádio Mundial, uma ouvinte narrou no ar, que mesmo sendo cega de nascença, conseguia perceber os objetos em seu quarto nos momentos entre o sono e o despertar (estado alterado da consciência: hipnopompia) e também percebia seres espirituais. Isso também pode ocorrer nos momentos entre a vigília e o sono (estado alterado: hipnagogia).

15. Você que lê essas linhas é vidente e poderá ser um clarividente, caso ative as energias do seu chacra frontal. O cego não é vidente, mas poderá ser clarividente em alguns casos. Aliás, tudo isso é EVIDENTE!... 16. Se uma pessoa está vendo uma outra pessoa ou um objeto, isso é a sua vidência normal. Porém, se está vendo uma aura, algo à distância ou um ser espiritual, que não refletem a luz nessa dimensão densa, isso é clarividência. 17. Às vezes, uma pessoa percebe algo à distância e parece que sua percepção subdivide-se. Parece que metade dela está centrada no corpo e a outra parte está "in loco" observando alguma coisa, como se estivesse presente ali, mesmo estando distante daquele local. Essa não é uma clarividência comum. É uma percepção mais complexa denominada "clarividência viajora". Esse fenômeno muitas vezes acompanha estados alterados de consciência, como o transe mediúnico e a projeção da consciência, experiência fora do corpo (Parapsicologia), viagem astral (Ocultismo), projeção astral (Teosofia), emancipação da alma, desprendimento espiritual ou desdobramento espiritual (Espiritismo), projeção da consciência (Projeciologia) ou projeção do corpo psíquico (Rosacruz).

16. Se uma pessoa está vendo uma outra pessoa ou um objeto, isso é a sua vidência normal. Porém, se está vendo uma aura, algo à distância ou um ser espiritual, que não refletem a luz nessa dimensão densa, isso é clarividência.

17. Às vezes, uma pessoa percebe algo à distância e parece que sua percepção subdivide-se. Parece que metade dela está centrada no corpo e a outra parte está "in loco" observando alguma coisa, como se estivesse presente ali, mesmo estando distante daquele local. Essa não é uma clarividência comum. É uma percepção mais complexa denominada "clarividência viajora". Esse fenômeno muitas vezes acompanha estados alterados de consciência, como o transe mediúnico e a projeção da consciência, experiência fora do corpo (Parapsicologia), viagem astral (Ocultismo), projeção astral (Teosofia), emancipação da alma, desprendimento espiritual ou desdobramento espiritual (Espiritismo), projeção da consciência (Projeciologia) ou projeção do corpo psíquico (Rosacruz).

18. A clarividência refere-se ao momento presente. Se as imagens percebidas pelas vias parapsíquicas referem-se às imagens do passado da própria pessoa, isso é chamado de "retrocognicão" (do latim: "retro": "atrás"; "cognição": "conhecimento"), popularmente chamada de "regressão de memória". Isso pode ocorrer em relação ao passado dessa vida atual ou ao passado relativo a vidas anteriores. Se as imagens referem-se ao futuro (suposto, presumível, relativo), o fenômeno é chamado de "pré-cognição" (chamado popularmente de premonição). Se as imagens percebidas referem-se ao passado alheio ou são relativas ao passado de algum objeto, ambiente ou situação, o fenômeno é chamado de "psicometria" (do grego: "psico": "alma"; "metria" - oriundo de "metron": "medida").

Resumindo:
- percepção de imagens no momento presente: fenômeno clarividente.
- percepção de imagens passadas (da própria pessoa): fenômeno retrocognitivo.
- percepção de imagens futuras: fenômeno pré-cognitivo.
- percepção de imagens passadas pertencentes a alguém ou a ambiente e objetos: fenômeno psicométrico.

19. Há um fator que altera as energias de alguém e pode dar grande diferença na avaliação de sua aura: a presença de espíritos desencarnados ligados à pessoa. No caso de espíritos densos (energias intrusas perniciosas), a alteração energética é mais ostensiva. Já a ação de seres espirituais avançados é naturalmente mais sutil e mais difícil de ser percebida. Qualquer clarividente razoável pode falar com propriedade da ação nefasta e espíritos desencarnados assediadores espirituais na aura de alguém. Isso não é científico, mas é real.

20. Como foi dito antes, o estudo desses temas é natural. A existência de vida além da vida é natural. Os espíritos são apenas seres humanos extrafísicos. Portanto, não vejo como a abordagem natural em cima desses temas jogue pelo ralo qualquer conceito espiritualista. Talvez jogue pelo ralo a ignorância das pessoas sobre o mecanismos parapsíquicos. Porém, explicar tecnicamente uma coisa não significa limitar a consciência de ninguém a apenas essa nossa terceira dimensão (se considerarmos a influência do tempo, quarta dimensão, dependendo do enfoque que alguém coloque na abordagem) e jogar pelo ralo a existência de causas e dimensões extrafísicas. Estudo tecnicamente tudo isso e continuo espiritualista, cada vez mais, por tudo que já vivi em prática nessa área.

21. Na própria Ordem Rosacruz (AMORC), citada antes, há estudos avançados sobre a aura humana, a projeção do corpo psíquico (sétimo grau) e a sobrevivência da consciência após a morte. A abordagem lá é natural, consciente, mas, espiritual em essência, além dos parâmetros tridimensionais.

22. Não é possível (por enquanto) medir os pensamentos e sentimentos de alguém através de fotos Kirlian. É possível apenas detectar suas repercussões psicofísicas no soma. No entanto, alguém duvida de que pensa e ama?

23. O objetivo desse longo texto é só clarear genericamente as informações sobre esse tema. O estudo das fotos Kirlian é importante, principalmente na prevenção de doenças. A percepção extrafísica dos sensitivos (quando extirpada de toda distorção sensorial e da falta de interpretação correta) também é importante, pois a percepção parapsíquica, quando bem dosada por discernimento e amor, é capaz de transformar-se em ótima ferramente para o crescimento consciencial da pessoa. É capaz de tornar-se um poderosa alavanca evolutiva que permite o acesso a outras dimensões de vida e a certezas inabaláveis sobre a imortalidade da consciência e a interdependência dos seres, físicos e extrafísicos, na natureza.

André Wiccano

Yule (Solstício de Inverno)

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O solstício de inverno é a noite mais longa do ano. No entanto, a partir deste dia, o Sol volta cada vez mais forte, para chegar ao seu ápice no solstício de verão.

A palavra Yule (pronuncia-se “iúle”) provavelmente vem da palavra escandinava “iul”, que significa “roda”. Sua data não é fixa, pois depende das correspondências astrológicas e climáticas de cada ano. No hemisfério sul, ocorre sempre por volta de 21 de junho, e no hemisfério norte por volta de 21 de dezembro.
Este dia marca a morte e o renascimento do Deus-Sol; marca também a derrota do Rei Azevinho, Deus do Ano Minguante, pelo Rei Carvalho, Deus do Ano Crescente. A Deusa, que era morte-em-vida no solstício de verão, exibe agora o seu aspecto de vida-em-morte, pois ela é a Rainha da Escuridão neste sabbat, mas também é a mãe que dá à luz a criança da promessa, que irá fertilizá-la mais tarde e trazer de volta luz e calor ao seu reino.

Apesar de no Brasil termos o costume de dizer que trata-se do “primeiro dia de inverno”, a data por volta de 21 de junho simboliza o meio do inverno, ou seja, quando o inverno está no ápice. Tanto é que, originalmente, o nome é “middle-winter” (em inglês, meio do inverno).

Segundo Wikipédia: Yule é uma celebração do Norte da Europa que existe deste dos tempos pré-Cristãos. Os pagãos Germânico celebravam o Yule desde os finais de Dezembro até aos primeiros dias de Janeiro, abrangendo o Solstício de inverno. Foi a primeira festa sazonal comemorada pelas tribos neolíticas do norte da Europa, e é até hoje considerado o inicio da roda do ano por muitas tradições Pagãs. Actualmente é um dos oito feriados solares ou Sabaths do Neopaganismo. No neopaganismo moderno, o Yule é celebrado no Solstício de inverno, por volta de dia 21 de Dezembro no hemisfério Norte e por volta do dia 21 de Junho no hemisfério Sul.
FONTE: aWicca

Principais Deuses e Deusas Celtas

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- Aine: Deusa irlandesa do amor, da feritlidade, da agricultura e dos animais. Rainha dos reinos encantados, soberana da terra e do sol, associada ao solstício de verão. Seus símbolos são: a "égua vermelha", o gado e o ganso selvagem.
- Angus Mac Og / Oengus: Deus da juventude, do amor, da beleza e da inspiração poética, na tradição irlandesa. Era filho de Dagda e Boann e viveu em Brugh na Bóinne (Newgrange). Angus possuía uma harpa dourada que produzia música de irresistível doçura. A história contada no Mabinogion, sobre Angus é: o Sonho de Oengus.
- Arawn: Regente de Annwn ou Annwfn (O Outro Mundo), o submundo na tradição galesa. Representava à justiça e a guerra. Possuia um caldeirão mágico, descrito nos Contos de Taliesin, onde Arthur e seus guerreiros tentaram roubar.
- Arianrhod / Aranrhod: Seu nome significa, Roda de Prata. Era a Deusa do céu e da fertilidade, na tradição gaulesa. Senhora da Reencarnação, que vivia num reino estelar chamado Caer Arianrhod, conhecida como a Via Láctea, a espiral da vida, na forma espiral. Retratada nos contos de Mabinogion em: Math, filho de Mathonwy.
- Arddhu ou Atho, o Escuro: No folclore galês, representa Green Man, o Deus da Natureza, o Grande Corvo Divino.
- Atégina ou Ataegina: Deusa tríplice da primavera, do renascimento, da fertilidade, da natureza e da cura, na mitologia lusitana. O nome Ataegina é de origem celta, que significa renascimento.

- Badb / Banba: Deusa da guerra, seu nome, que se pronuncia Baid, conhecida como, Corvo de Batalha ou Gralha Escaldada, representando o caldeirão da vida, conhecido no galês como "Cauth Bodva". Na mitolofia irlandesa Badb é esposa de Neit, também um Deus da guerra. Filha de Fiachna e Ernmas, suas irmãs eram Fotia e Eriu. Badb rege a vida, a sabedoria, a inspiração e a transformação.

- Bel / Belenus / Belenos / Belimawr: Seu nome significa "Brilhante", considerado o Deus do Sol e do Fogo, nos mitos gauleses. Belenos dá seu nome ao festival de Beltane, que celebra a união dos amantes, a fertilidade a cura e a criatividade. Belenos está ligado também à ciência, sucesso, prosperidade, colheita e à vegetação.

- Blodeuwedd / Blodeuedd: Seu nome foi traduzido como "Flor Branca", sendo representada, muitas vezes, como um lírio branco. Criada por Math e Gwydion, para ser esposa de Lleu (filho de Arianrhod), foi transformada em coruja por causa de adultério e da conspiração contra o marido. Aspecto virginal da Deusa tríplice, nos mitos galeses. Deusa das flores, sabedoria, mistérios, introspecção e iniciações.

- Boann / Boannan / Boyne: Deusa do rio Boyne, na Irlanda, descrito nos poemas "Dinsenchas". É a mãe de Angus Mac Og com o grande Dagda. Era esposa de Nechtan ou Echmar, que fez uma viagem de apenas um dia e uma noite, quando na verdade, durou nove meses, Dagda usou seu poder para esconder o adultério de Boann.
- Bran: O Abençoado. Bran filho de Llyr era irmão do poderoso Manawydan Ap Llyr e de Branwen, no panteão galês. Bran era um gigante que foi mortalmente ferido em combate, por ser muito grande, pediu que cortassem sua cabeça, que se manteve viva por algum tempo. Associado aos corvos, Bran é o Deus das profecias, das artes, da guerra, da música e da escrita.

- Branwen: Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Deusa dos Mares do Norte, filha de Llyr, uma das três matriarcas da Grã-Bretanha. Conhecida como, O Corvo Branco, tornou-se rainha da Irlanda e posteriormente, foi extremamente maltratada por seu marido. Branwen é a Deusa do amor e da beleza, no panteão galês.
- Bilé: Deus da morte, nos mitos irlandeses, considerado o pai dos Deuses e dos homens. Casado com Dana e pai de Dagda, o principal líder dos Tuatha Dé Danann. Alguns dizem que ele era o ancestral dos Mil, os antepassados dos antigos irlandeses. Bilé é um Deus celta, que foi muito adorado, na Europa Continental e na Grã-Bretanha.
- Brigit / Brid / Brighid / Brig: Seu nome significa "Lança do Poder". Brigit era filha do Dagda, sendo chamada a Poetisa. Outro aspecto de Danu, associada à Imbolc. Tinha uma ordem dedicada a ela, formada só por mulheres, em Kildare, na Irlanda, que se revezavam para manter o fogo sagrado sempre aceso. Deusa do fogo, fertilidade, lareira, de todas as artes e ofícios femininos, curas, medicina, agricultura, inspiração, aprendizagem, poesia, adivinhação, profecia, criação de gado, amor e ocultismo.
- Cailleach: Na mitologia irlandesa e escocesa, conhecida também como a Cailleach Bheur, que significa mulher velha, geralmente é vista como a Deusa da destruição e das mudanças. Aquela que controla as estações do ano, Senhora do inverno. Deusa da terra e do céu, da lua e do sol, que solta os rios e modela as montanhas batendo seu martelo sobre a relva verdejante.
- Cernunnos: Na mitologia céltica é o Deus da fertilidade, animais, amor físico, natureza, bosques, riqueza, comércio e dos guerreiros. Seu nome é pronunciado como se tivesse um "k": Kernunnos. Comumente representado por um homem sentado na posição de lótus, cabelo comprido e encaracolado, de barba, nu, usando apenas um torque (colar celta) no pescoço ou ainda por um homem de chifres, erroneamente comparado ao diabo cristão. Seus símbolos eram o veado, o carneiro, o touro e a serpente.
- Cerridwen / Ceridwen / Caridwen / Kerridwen: Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e a Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. As lendas nos contam sobre o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur, que nascera de Cerridwen e se tornara um grande mago, após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração, que Cerridwen preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a Deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, da magia, das ervas, da poesia, do encantamentos e do conhecimento.
- Dagda: No folclore irlandês, Dagda era chamado de O Bom Deus, Grande Senhor, Eochaid Ollathair (Pai de todos) e Ruad Rofhessa (Senhor de Grande Sabedoria). Também era conhecido como, Pai dos Deuses e dos homens, o Grande Arquidruida, Deus da magia e da terra. Rei supremo dos Tuatha Dé Dannan, mestre de todos os ofícios, senhor de todos os conhecimentos. Teve vários filhos, entre eles Brighid, Angus, Midir, Ogma e Bodb, o Vermelho. Dagda possuía o caldeirão da abundância e da vida e uma harpa de carvalho chamada Uaithne, que fazia com que as estações mudassem, quando assim o ordenasse. Senhor dos artesãos, da música, da agricultura e da cura.  
- Danu / Dana / Dannan: Considerada a principal Deusa Mãe da Irlanda, a Terra de Ana (Iath nAnann), às vezes, identificada com Anu ou Ana. Casou-se com Bilé e era mãe de Dagda, além de ser considerada a Deusa Mãe do maior grupo de Deuses, os Tuatha Dé Dannan, o Povo de Dana, o Povo Mágico (Daoine Sidhe), descendente dos primeiros Deuses irlandeses. Deusa da fertilidade, da terra e da abundância.
- Druantia: Rainha dos Druidas, Deusa galesa ligada à fertilidade, às atividades sexuais, às árvores, à proteção, ao conhecimento, à criatividade e às Dríades. Seu nome vem de "Drus", que significa carvalho.
- Dylan: Filho das ondas, menino dos cabelos de ouro, Dylan era o Deus do mar para os antigos galeses, filho de Gwydion e Arianrhod. Seu símbolo era um peixe prateado.

- Elaine: Aspecto virginal da Deusa no panteão galês, Deusa da Lua e da beleza.
- Endovélico: Deus da medicina, da terra e da natureza, divindade da Idade do Ferro, é um dos Deuses mais conhecidos na Lusitânia.
- Epona: Seu nome significa "grande cavalo", adorada pelos gauleses na França e na Itália como a Deusa dos Cavalos. Seus atributos incluíam ainda a fertilidade, a maternidade, a prosperidade, os animais, a cura e a colheita.

- Eriu / Erin: Filha de Fiachna e Ernmas, no Lebor Gabála Érenn (Livro das Invasões). Eriu era uma das três rainhas dos Tuatha Dé Dannan, na Irlanda.

- Flidais: Deusa da Floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma.
  
- Goibniu / Gofannon / Govannon: Era o grande ferreiro do povo irlandês. Foi ele quem forjou todas as armas dos Tuatha Dé Dannan. Estas armas sempre atingiam o alvo e toda ferida provocada por elas era fatal. Foi responsável pela morte de Dylan, seu sobrinho. Deus dos ferreiros, das habilidades e do trabalho com metais em geral.

- Gwydion: O Grande Druida, feiticeiro e bardo do Norte de Galês, seu símbolo era o cavalo branco. Regia as mudanças de forma, a magia, a poesia e a música. Gwydyon ajudou Lleu a superar as maldições da sua mãe, Arianrhod.
- Gwynn ap Nudd: Deus da caça, Rei das fadas e do submundo, guardião da entrada de Annwn, O Outro Mundo ou Avalon, na tradição galesa.
  
- Gwythyr: Era o senhor do mundo superior, do folclore galês. Em oposição à Gwynn ap Nudd, que representa a competição entre o verão e o inverno.
- Herne: Na mitologia céltica é o Caçador, era associado à Cernunnos, o Deus Cornudo, acabou sendo, também, associado à floresta, bosques e animais.
- Green Man: O Homem Verde, na mitologia céltica tinha os mesmos atributos de Cernunnos, sendo igualmente uma divindade que habitava as florestas. Deus dos bosques e animais, da renovação e da primavera, é representado por um homem com rosto de folhas verdes.
- Lir / Llyr / Lear: No folclore galo-irlandês, Lir era o grande Deus do mar, sendo considerado, ainda, senhor do mundo subterrâneo, da magia e da cura. Lir era pai de Manawyddan (Manannán), de Bran e de Branwen.
 
- Lugh / Llew / Lug Samildanach / Llew Llaw Gyffes / Lleu / Lugos: Na Irlanda e em Galês, Lugh era chamando o Brilhante. Deus do Sol e da guerra, era associado aos corvos, tendo por símbolo, em Galês, um veado branco e uma espada mágica. Sua festividade é Lughnasadh, a festa da primeira colheita. Era filho de Cian e de Ethniu. Lugh era carpinteiro, pedreiro, ferreiro, harpista, poeta, druida, médico e ourives. Seu domínio incluía a magia, o comércio, a reencarnação, o relâmpago, a água, as artes e ofícios em geral, viagens, curas e profecias.

 
- Macha: O Grande Corvo. Rainha da Vida e da Morte no panteão irlandês. Um dos aspectos da Morrigu, era reverenciada também em Lughnasadh. Após uma batalha, os irlandeses cortavam as cabeças dos inimigos e ofereciam a Macha, sendo este costume chamado de a Colheita de Macha. Deusa protetora da guerra e da paz. Macha regia também a astúcia, a força física, a sexualidade, a fertilidade e o domínio sobre os homens.

 
- Manannan Mac Lir / Manawyddan ap Llyr / Manawydden: Filho do Deus do mar, Llyr, era homenageado como uma das principais divindades do mar pelos irlandeses. Reverenciado ainda como protetor dos navegadores, Deus das tempestades, da fertilidade, da navegação, dos mercadores e do comércio. Tinha uma armadura mágica que dizia ser impenetrável.

 
- Math Mathonwy: Deus da feitiçaria, da magia e do encantamento no folclore galês. Conhecido como Math, filho de Mathonwy, nos contos do Mabinogion.

 
- Merlin / Merddin / Myrddin: Nos mitos arturianos era conhecido como o grande Feiticeiro, o Druida Supremo dos galêses. Dizia-se que ele aprendeu sua magia com a própria Deusa, sob os nomes de Morgana, Viviane, Nimue ou Rainha Mab. Merlin era o senhor da magia, da profecia, da adivinhação, das previsões, dos artesãos, dos ferreiros, além de possuir grande habilidade em mudar de forma. Conhecido também como Taliesin, O Bardo, grande druida chefe da corte de Arthur, que dominava a arte da escrita, a poesia, a sabedoria e a música. Taliesin é tido como patrono dos druidas, bardos e poetas.
- Morrigu / Morrigan / Morrighan / Morgan: A Grande Rainha (Mor Rioghain), na mitologia céltica, Senhora Suprema da Guerra, Rainha dos Fantasmas e Rainha Espectro, pois possuía uma forma mutável. Reinava sobre os campos de batalha, ajudada pela sua magia. Associada aos corvos, por vezes é citada no contos do héroi CuChulainn. Deusa da morte e do renascimento, da fertilidade e da justiça. Patrona das sacerdotisas e das feiticeiras.

 
- Nuada / Nuda / Nodons / Nodens / Lud / Llud Llaw Ereint: No folclore galo-irlandês, era reverenciado como o senhor dos Deuses. Possuía uma espada invencível, guardada pelos Tuatha Dé Dannan. Nuada era o Deus da cura, da água, dos oceanos, da pesca, da navegação, dos carpinteiros, ferreiros, harpistas, poetas e contadores de histórias.

 
- Ogma / Oghma / Ogmios / Grianainech / Cermait: Ogma tinha uma enorme maça com a qual defendia seu povo, os Tuatha Dé Dannan, sendo eleito seu campeão. Na tradição irlandesa, diz que foi ele quem inventou o alfabeto ogham, utilizado pelos antigos druidas, baseado em árvores consideradas mágicas. Ogma rege a eloqüência, os poetas, escritores, a inspiração, a força física, a linguagem, a literatura, as artes, a música e as artes adinhatórias.

 
- Rhiannon: Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protetora dos cavalos e das aves. Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando num veloz cavalo branco, equivalente a Epona, da mitologia celta.

- Scathach / Scota / Scatha / Scath: Seu nome traduzia-se como a Sombra, aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a Deusa da escuridão, aspecto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Foi considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais.
- Sucellus: Deus gaulês da agricultura e das florestas. Considerado como o rei dos Deuses. Carregava um grande martelo de cabo longo, que era usado para bater na terra, acordando as plantas e anunciando o início da primavera.
- Taranis: Deus do trovão, na mitologia céltica, Taranos ou Taran, cruzava os céus em sua carruagem. Os raios eram produzidos pelas fagulhas que saíam dos cascos dos cavalos e o trovão era o ruído que faziam as rodas da carruagem. Senhor da guerra, seu símbolo é a Roda, como Thor do panteão nórdico.
______________________________
Fizemos um breve resumo das principais características dos Deuses celtas, apenas como referência para facilitar o estudo sobre o mesmo. Lembrando que cada Deusa e Deus possuem características próprias e distintas. Relatos de antigos ancestrais, onde as tradições eram passadas de boca a ouvido, centrados nas esferas do Céu, do Mar e da Terra, fluindo através das tríades sagradas. Que assim seja!  
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Conhecendo mais sobre Gerald Gardner

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"...Em 1954, o livro Witchcraft Today, de Gerald Brousseau Gardner (1884-1964) foi publicado. Tratava-se do primeiro livro de bruxaria escrito de fato por um praticante.

Até então - desde a invenção da imprensa, em meados de século XV -, tudo que já fora escrito sobre o assunto partira de caçadores de bruxas ou daqueles cuja única fonte de referência eram registros preconcentuosos desse tipo. A Publicação do livro de gardner veio para mudar tudo isso e só foi possível graças a revogação da última das leis Inglesas contra a Bruxaria, em 1951.

A partir de então, todos os bruxos que ainda existiam puderam finalmente revelar as suas praticas, sem medo de serem perseguidos. Aqueles poucos que sobreviveram tinham, no entanto, aprendido com a lição; todos preferiam continuar incógnitos, longe dos olhares curiosos. Todos, com exceção de um, Gerald Gardner.

Gardner sempre fora facinado pela magia religiosa e passara a algum tempo estudando o assunto. Ele vivera a maior parte da vida no oriente e tinha conhecido os dayaks, os caçadores de cabeça de Bornéu, e os costumes e crenças de muitas tribos nativas da região. Quando se aposentou e voltou para Inglaterra, na década de 30, para sua grande surpresa e satisfação, Gardner encontrou um covem remanecente de bruxos, na região de New Forest.

Esse covem só se revelou a Gardner em virtude de seus antecedentes e do conhecimento que ele acumulara em magia religiosa, além do fatos de ter tido uma ancestral que morrera na fogueira em 1640, na Escócia, sob acusação de Bruxaria.

Ele foi convidado a se juntar ao grupo e, posteriormente, iniciado. Gardner ficou encantado com a possibilidade de pertencer ao grupo, uma vez que, ao seus olhos, a Bruxaria não era, nem remotamente, a pratica maléfica e demôniaca que sempre se julgara, mas sim o que restara de uma antiga religião pré-cristã.

A sua vontade era sair pelo mundo anunciando o quanto essa visão era equivocada. Evidentemente ele não teve permissão para fazer isso. Explicaram-lhe que o grupo só conseguirá sobreviver por ter se mantido em segredo. No entanto, alguns anos depois, com a morte da lider do grupo e a revogação da última lei contra a Bruxaria, Gardner públicou um livro (Witchcraft Today, Rider, Londres, 1954) - A primeira obra realmente escrita por um praticante de Bruxaria e que mostrava um outro lado da história assim como ela era vista pelos Bruxos. esse seria o início de todo o ressurgimento da Bruxaria como religião e do seu posterior estabelecimento como uma prática diária aceita no mundo todo. Atualmente, ela é a religião que mais cresce nos Estados Unidos.

Se Gerald Gardner não tivesse plantado as sementes que reavivaram a centelha de interesse pela Bruxaria, é quase certo que a antiga religião acabaria se extinguindo. Nos Estados Unidos, fui eu mesmo, um discipulo de Gardner, que introduziu a Wicca e fundou o primeiro covem norte-americano moderno. Quando o livro de Gardner deixou de ser públicado, eu escrevi Witchcraft From the Inside (Llewellyn: St. Paul 1970), para preencher a lacuna que ficara e dar prosseguimento a linha de informação apartir da fonte.

Como previsto, a reação do público diante das revelações de Gardner foi a mais variada. Muitas pessoas viram, no que Gardner tinha a dizer, um tentador vislumbre de um modo de vida com que elas nem ousavam sonhar. Aparentemente, havia muitas pessoas insatisfeitas com a religião organizada cristã e estavam em busca - consientemente ou não - de uma religião honesta, focada na terra, assim como a Bruxaria que Gardner anúnciava. Além disso, quando Gardner apresentou o seu trabalho e expressou a sua crença de que o coven ao qual pertencia era provavelmente o único que ainda restava, para a sua satisfação e surpresa, ele soube que havia outros grupos espalhados por toda Europa, também crentes de que eram o último coven remanecente. Aparentemente, a Bruxaria não havia sido de fato eliminada; ela conseguira sobreviver, mesmo que em situação precária.

As pessoas começaram a escrever para Gardner, expressando o desejo de fazer parte da antiga religião. A Bruxaria, ou Wica, como Gardner preferia chamá-la (a grafia mais comun atualmente é Wicca), era uma religião de iniciados e, segundo a experiência de Gardner, organizava-se em covens. Havia uma hierarquia, com os líderes representado o Deus e a Deusa da antiga religião, e, na visão de Gardner, um sistema gradual de desenvolvimento. Tudo isso significava que era preciso tempo para absorver os recém-chegados.

Muito vagarosamente (para desespero daqueles que aguardavam uma oportunidade para praticar a arte), os covens existentes começaram a se expandir e outros começaram a ser fundados. Gardner recebeu muitas solicitações dos Estados Unidos, mais não conhecia nenhum coven nesse país, para onde pudesse enviar os interessados.

Ele então me convenceu a servir como seu porta-voz nos Estados Unidos, dando início a uma linhagem norte-americana da Wicca. Em 1963, eu fui para a Escócia e passei algum tempo na companhia da Alta Sacerdotisa de Gardner. Depois de algum tempo, fui iníciado e, junto com a minha mulher, considerei o nível de conhecimento necessario para comprir a minha tarefa nos Estados Unidos..."
Raymond Buckland herdeiro do livro das sombras de Gerald B. Gardner
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Os 10 livros de Bruxaria, Wicca e Paganismo que você tem que ter

Alguns livros são essenciais para aqueles que praticam Bruxaria. Veja se você já tem algum deles e complete sua coleção!


1. 
Dança Cósmica das Feiticeiras (Starhawk)
Este livro da Starhawk é unanimidade de indicações quando falamos em Bruxaria, Wicca, Paganismo, espiritualidade ligada aos sagrados feminino masculino etc. É o típico livro que todo praticante deve ler, não importa a idade, o quanto já sabe etc etc. O livro é inteiro bom, cheio de conceitos e pensamentos essenciais, além de sugestões de práticas para todo o desenrolar de uma vida como praticante. Se eu pudesse indicar somente um livro para alguém que queira ser bruxo, eu indicaria este. Logo, ele figura aqui, no primeiríssimo lugar.
 

2.
Wicca, a Religião da Deusa (Claudiney Prieto)
11 entre 10 praticantes brasileiros indicam este livro. Ele é bastante popular e responsável pela formação de um certo senso comum a respeito da Wicca no Brasil, tamanha sua influência. Contém o básico sobre a religião e sugestões de rituais.



3.
Enciclopédia da Bruxaria (Doreen Valiente)
Considero este o melhor livro sobre Bruxaria já publicado. Trata-se de uma enciclopédia completa a ser usada pelos estudiosos deste assunto tão vasto e fascinante por meio de verbetes explicativos que vão de termos ligados à Bruxaria a uma síntese biográfica a respeito dos grandes nomes do mundo da magia e do ocultismo, como Aleister Crowley, Charles Leland, Gerald Gardner, John Dee e Margaret Murray. Doreen Valiente foi iniciada pelo próprio Gardner e sua contribuição à história da Wicca é indiscutível. Ela é a responsável pela versão da Carga da Deusa conhecida atualmente, apenas para dar um exemplo.


4.
Bruxaria Hereditária (Raven Grimassi)
Imagine um livro sobre Bruxaria italiana sem frescuras. Além disso, com uma enorme sugestão de práticas e costumes antigos, ilustrações bacanas, dados históricos sobre a religião e muito mais. Apesar de o autor ter pego para si mesmo o monopólio das publicações sobre o assunto (e, por isso, acabamos tendo uma única visão), o livro é muitíssimo interessante e bastante recomendado.


5.
Guia Essencial da Bruxa Solitária (Scott Cuningham)
Geralmente este livro é o primeiro que a pessoa lê quando começa a se interessar por Wicca e Bruxaria. Trata-se de um livro de leitura fácil, sem enrolações, e com o básico da religião. Extremamente popular e, por isso, essencial para quem quer se tornar um(a) bruxo(a).





6.
Os Mistérios Wiccanos (Raven Grimassi)
Talvez alguns leitores considerem este livro ruim, pois buscam na Bruxaria apenas feitiços de amor e outras futilidades. Porém, este é um dos melhores livros sobre Wicca disponíveis no mercado brasileiro, recomendado pela maioria dos bruxos e bruxas de nosso país. Fala da história da religião, crenças e MUITAS outras coisas bacanas. Altamente recomendado àqueles que buscam a Bruxaria DE MANEIRA SÉRIA. Àqueles que buscam feitiços, passem longe.



7.
 Livro Mágico da Lua (D.J. Conway)
Este é um livro que eu consulto sempre e utilizo muito em minhas práticas pessoais. São sugestões de práticas e rituais de acordo com cada lunação. Muito bom!



8.
A Bruxaria Hoje (Gerald Gardner)
O primeiro livro de Gardner é um marco na história da Bruxaria contemporânea. Nele, há desmistificações a respeito do que as bruxas (e bruxos) faziam antigamente e faziam na época de Gardner (cerca de 50 anos atrás). Depois desse livro, vieram todos os outros sobre Wicca. Esta é a importância dele.




 9.
Enciclopédia de Wicca e Bruxaria (Raven Grimassi)
Imagine que você esteja em casa e precise de uma referência rápida sobre qualquer assunto relacionado à Bruxaria. este é o livro que você irá consultar. Ele é enorme e uma fonte indispensável de conhecimento para todos aqueles que têm interesse na Bruxaria, sendo praticantes ou não.



10.
Oito Sabás Para Bruxas (Janet & Stewart Farrar)
Livro sobre a roda do ano como é praticada e vivenciada dentro da Tradição Alexandrina. Este livro é essencial pois mostra muitas fotos e descrições de práticas tradicionais wiccanas para todos os sabás.


FONTE: aWicca

Samhain - Ano novo ou Noite dos Ancestrais

Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram. As Bruxas não fazem Rituais para receber mensagens dos mortos e muito menos para incorporar espíritos.
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O sentido do Halloween é nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de Amor e harmonia. A noite do Samhain (pronuncia-se SOUEN) é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabá é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo suco de maçã. deve-se fazer muita brincadeiras com dança e música. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza! No Altar e nos Quadrantes não devem faltar as tradicionais Máscaras de Abóbora com Velas dentro. Antigamente, as pessoas colocavam essas abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pelas noites do Samhain.

Essa palavra significa "Sem Luz", pois, nessa noite, o Deus morreu e mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa. A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.

Essa é a noite em que a barreira entre nosso mundo e o mundo dos espíritos fica mais fina. É quando o Deus Cornífero se sacrifica para se tornar a semente de próprio renascimento em Yule . É quando os pastores recolhem o gado e o povo recolhe-se em casa, fugindo da época mais escura do inverno. A data marca o fim do Calendário celta. A noite de Samhain se encontra no meio exato entre o ano que se vai e o que vem pela frente, e é portanto uma data atemporal. É o famoso Dias das Bruxas.

FONTE: aWicca

Quem foi Gerald Gardner?

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Gerald Brosseau Gardner é muitas vezes referido como o ‘Pai da Bruxaria Moderna’. Depois da abolição das últimas leis sobre a Bruxaria no início da década de 50, Gardner publicou o seu clássico Witchcraft Today, que trouxe o ‘Culto das Bruxas’, como era por ele chamado, ao seio público.

Nasceu em Blundellands, perto de Liverpool, na Inglaterra, em 13 de junho de 1884.
Ele era o segundo de três filhos, e sofreu tremendamente com asma quando era pequeno.
Para poder aliviar o seu estado clínico, sua enfermeira Josephine "Com" McCombie convenceu os seus pais a autorizar que Gardner viaja-se com ela através da Europa no Inverno.

Lá, ele conseguiu seu primeiro emprego em uma plantação de chá. Mais tarde, veio a trabalhar em Bornéu na Malásia.
Enquanto esteve no extremo Oriente, Gardner dedicou-se a conhecer os antigos e as suas crenças espirituais, os quais o influenciaram, muito mais que doutrinas e credos de origem cristã.
Entre 1923 e 1936, Gardner foi contratado pelo governo britânico no Extremo Oriente, como inspetor de plantações de borracha, oficial de alfândega e inspetor de estabelecimento de ópio.
Com a borracha ele ganhou bastante dinheiro podendo assim investir no seu passatempo - a arqueologia.

Em 1927, Gardner casa-se com Donna, inglesa, com qual retorna a Inglaterra depois de ter-se reformado dos serviços prestados ao governo britânico em 1936.
Na Inglaterra antes da segunda guerra mundial, conhece algumas pessoas que o introduziram na bruxaria.
Ele e sua esposa viveram na região de New Forest, onde Gardner se envolveu com a Sociedade de Crotona, um grupo oculto de co-maçons.

Em 1952, juntamente com a sua mulher Donna, mudou-se para a Ilha de Man e tornou-se no ‘Bruxo residente’ do Museu da Bruxaria de Cecil Williamson. Por fim, em 1954, Gardner comprou o museu a Cecil.
Em 1959, publica a A Bruxaria Hoje (WitchCraft Today). Em 1959 ele editou o seu último livro.

Gerald Brosseau Gardner faleceu na manhã de 12 de fevereiro de 1964 a bordo do barco The Scottish Prince whilst quando regressava das férias de Inverno em climas mais quentes.


Gardner reergueu a Bruxaria Wicca (principal caminho Neo-Pagão da atualidade) ser reconhecida como uma legítima Religião , e tendo feito apenas algumas atualizações e adaptações na "Antiga Religião" ao mundo moderno para isto.
Livros publicados
High Magic’s Aid (1949)
Não foi publicado no Brasil.
Witchcraft Today (1951)
No Brasil foi publicado com o nome Bruxaria Hoje.
Meaning of Witchcraft (1959)
No Brasil foi publicado com o nome Significado da Bruxaria.

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Dicas para quem está começando

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1. Examine todas as fontes que puder.
De Gardner a Eddie Van Feu, passando por Scott Cuningham etc... Independentemente do que essas pessoas são ou falam, você tem que conhecer tudo para ter a sua própria opinião.

2. Faça todas as pesquisas possíveis.
Você tem acesso à Internet e, se tem algum santo que eu acredite, é o santo Google. Quer saber mais sobre decocções ou meditações? Entre no site e faça uma busca extensa sobre o assunto. Anote em seu Livro das Sombras tudo o que achar interessante e válido. O mesmo vale para livros.

3. Jamais considere uma única fonte como verdade absoluta.
Nunca ache que somente um autor é certo, e que todos os outros estão errados. Como eu disse no primeiro item, leia de tudo. E mesmo um autor considerado “ruim” pode dizer coisas bacanas. Estude, e saberá diferenciar, filtrar.

4. Escute opiniões. Troque experiências.
Por mais que você saiba bastante coisa, sempre vai haver alguém que sabe algo que você não conhece, então respeito é fundamental nessas horas.

5. Saiba a base da coisa toda.
Você sabe o básico sobre os sabás? Sobre divindades? Sobre a história da bruxaria? E astrologia? Tarô, runas… Nunca a gente sabe tudo. Continue pesquisando, mesmo (e principalmente) quando você achar que já leu bastante.

6. Simplesmente esqueça o assunto “iniciação”.
Sério, nem pense nisso. O que vai fazer de você um bruxo ou bruxa serão os rituais que você fizer, seus estudos, enfim, o seu dia-a-dia como tal. Não adianta achar que fazendo um ritual que você pegou na internet você se tornou um sacerdote da Wicca. Sério, não é assim.

7. Use as comunidades nas redes sociais para trocar livros com outros pagãos.
É uma ótima forma de economizar e aumentar o nível cultural. Se conhecer alguém que tenha alguns livros legais, copie o que achar mais interessante. Você não precisa comprar o livro. Você economiza dinheiro e preserva o meio-ambiente.

8. Não queira se achar o dono da verdade.
Não é porque você acha que sabe bastante que pode depreciar os outros. Como eu disse acima, devemos respeitar porque sempre temos tudo a aprender. Ninguém sabe tudo nem é melhor que ninguém. As pessoas são diferentes.

9. Aprenda a ouvir mais.
Quando entrar em uma comunidade das redes sociais ou em uma lista de discussão, leia todas as mensagens, mesmo as antigas, antes de falar ou perguntar qualquer coisa. Muitas pessoas já conversaram antes de você chegar lá e a sua dúvida não só deve ter sido respondida, como também muitas pessoas devem ter colocado suas impressões. É essa uma das melhores formas de aprendizado.

10. Ninguém é obrigado a te ajudar e você não deve, de maneira alguma, ficar bravo(a) ou desistir por isso.
Quem quer ser bruxo(a) tem que correr atrás das informações. É totalmente desanimador quando alguém te pergunta uma coisa básica, que poderia ser respondida com uma pesquisa simples no Google mesmo. Vá atrás das informações e não espere alguém te dar tudo mastigado. Assim você não será bruxa(o) nem aqui nem na China. Bruxaria é um ofício ativo. Tem que corrar atrás.

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O Vale sem Retorno

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A Fada Morgana, abandonada por seu amante Guyomard, decide vingar-se dos homens. Encanta o Vale Perigoso, de tal maneira que todos os cavaleiros infiéis a sua Dama que passem por ali, ficam aprisionados nele para o resto da vida. Permanecem dentro de um paraíso de sonhos; bebem, cantam, celebram festas, dançam, jogam xadrez, porém não podem franquear as ladeiras do vale, que estão vigiadas por gigantes, animais monstruosos e barreiras de fogo.

O encantamento só pode ser levantado por um herói excepcional, um homem sempre fiel a sua dama. E, embora Morgana tenha feito todo o possível para seduzir Lancelot do Lago, é ele quem destrói o encantamento e libera os cavaleiros, demonstrando-lhes que as barreiras de fogo, os monstros e os gigantes não passavam de produtos de sua imaginação. Assim ganhou o ódio mortal de Morgana."

Morgana, nessa lenda faz o papel de Deusa Mãe Virgem que guarda em seu regaço os homens igual guardaria seus filhos. Pois seus filhos também são seus amantes. A atitude de Lancelot é uma atitude repressiva contra tudo que recobre a noção de feminilidade. Essa é também a história da feiticeira Circe, que transforma seus amantes em porcos. Lancelot, aqui, representa Ulisses, que rechaça à submissão e dissipa o que crê que som ilusões.

Circe e Morgana são a "Virgem" que dá medo, a "Virgem" que engole, a Indomável.

Os homens, que se crêem dominadores do mundo e os reguladores da ordem estabelecida, não se imaginam, nem por um instante, que seu poder não é mais que passividade, e que o poder da mulher, que depreciam ou temem, é o poder ativo.

Quando o homem contemporâneo suprimiu a Mãe Divina e a substituiu pela autoridade de um Deus Pai, desarticulou o mecanismo instintivo que produzia o equilíbrio primitivo. Daí surgiu a neurose e outros dramas das sociedades paternalistas, que se dizem pretender devolver a mulher sua honra e seu verdadeiro lugar, um lugar escolhido pelo homem.

Buscou-se estabelecer uma "lei racional" contra uma "lei natural". Mas, a "lei natural" se concretiza através do instinto e esse, é algo que não se pode negar. Todo nosso comportamento se apóia na natureza e portanto, a disputa entre a natureza e a razão é uma falsa disputa, mas é a responsável pela cegueira que vive nossa sociedade hoje, que, querendo corrigir o instinto, separou o ser humano do que era sua natureza.

MORGANA E URYEN

Em "Lancelot en prose" em francês, encontramos elementos interessantes sobre Morgana. Ela se apresenta como esposa de Uryen e mãe de Yvain:

"Um dia que Morgana supreende a seu marido, o rei Uryen, dormindo na cama, ocorreu-lhe a idéia de livrar-se dele. Chamou a criada de toda a confiança e disse:

-Vá e busca a espada do meu senhor, pois jamais vi melhor ocasião de matar-lhe do que agora.

Porém, a criada assustada com o plano de Morgana, vai em busca de Yvain, o filho de Uryen e Morgana, explica tudo e pede para que intervenha.

Yvain lhe aconselha a obedecer, e quando Morgana levanta a espada sobre a cabeça de Uryen, Yvain que havia se escondido, se precipita sobre ela, arranca a espada das mãos da mãe e a reprime. Morgana implora seu perdão, dizendo haver sofrido um episódio de loucura.

Essa tentativa de assassinato está no espírito da Deusa que não suporta os laços do matrimônio e necessita ter um certo número de amantes.

Há relatos ainda, que Morgana rouba continuamente a bainha ou a espada de Arthur em benefício de seus amantes:

"Morgana, a Fada, ama outro cavaleiro muito mais que a seu marido, o rei Uryen e que ao rei Arthur, seu irmão. Então manda fazer outra bainha exatamente igual por encantamento e dá a bainha da Excalibur a seu amante. O nome do cavaleiro era Acolon."

Morgana se encarrega para que Acolon lute com Arthur, porém Acolon resulta ferido de morte pelo rei. Morre depois de haver confessado a traição de Morgana. Essa se desespera pela morte de Acolon, e busca vingar-se de Arthur. Ordena que enviem a seu irmão um rico manto que é mágico, pois queima todo aquele que tem a desgraça de cobrir-se com ele. Porém, no momento em que Arthur ia colocar o manto, a Dama do Lago revela a Arthur o perigo em que se encontra.

André Wiccano